quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Teologia e filosofia – a síntese agostiniana



Teologia e filosofia – a síntese agostiniana.
Analisando o pensamento agostiniano, percebemos em seus escritos, que ele sintetizou os componentes da filosofia Patrística - um fundamento racional para a fé cristã. A síntese que realizou, ele mesmo denominou de filosofia cristã.
          Para Agostinho, a fé e a razão complementam-se na busca da felicidade e da beatitude. Para ele, essas não são alcançadas pelo procedimento intelectual, mas por ato de intuição e fé.  Mas a razão se relaciona com a fé no sentido de provar a sua correção.  Ou seja, a fé é precedida por certo trabalho da razão e, após obtê-la, a razão a sedimenta.
         A razão relaciona-se, portanto, duplamente com a fé. É necessário compreender para crer, e crer para compreender, “Seja-nos, pois, Deus propício e faça-nos chegar a entender aquilo em que cremos em que acreditamos. Estamos, assim, bem certos de estar seguindo o caminho traçado pelo profeta que diz:” Se não acreditardes não entendereis“10.(AGOSTINHO, 1995. p. 28)  A razão e a fé nesse caso, se relacionam perfeitamente auxiliando o homem na busca de uma  crença racional e de uma compreensão espiritual.
          Desse modo, percebemos que, para Agostinho, a filosofia é apenas um instrumento que transcende seus próprios limites: a Teologia e a Mística.“Agora, porém, a respeito dessas verdades confiadas a nossa fé, esforçamo-nos de ter igualmente um conhecimento pela razão, mantendo-as com certeza plena”. (AGOSTINHO, 1995. p. 31). Apesar disso, este pensador é considerado um grande filósofo pela análise filosófica que realizou sobre a concepção do mundo, do homem, do tempo e de Deus, ao longo de sua trajetória.
O primeiro problema filosófico, focalizado por Agostinho, logo após a conversão (momento em que se encontra com o Bispo Ambrósio e mergulha nos escritos paulinos, foi o dos fundamentos do conhecimento, sob dois aspectos: se conhecemos a verdade (crítica ao cepticismo) e como a conhecemos (Teoria da iluminação). Essa busca se dá, devido a teoria corrente na época de que não é possível encontrar um critério de evidência absoluta e indiscutível, causado pela variabilidade dos sentidos.
            Agostinho tratou desse problema no diálogo Contra os Acadêmicos III. O erro para ele provém dos juízos que se fazem sobre as sensações e não delas próprias.  A sensação enquanto tal jamais é falsa.  Posteriormente, na Cidade de Deus, Agostinho levou tal argumentação às últimas conseqüências antecipando a reflexão cartesiana, formulada doze séculos depois: “Se penso, logo existo”.  Com isso, atingia a certeza da própria existência, dando uma resposta contra o cepticismo, demonstrando ser possível ao homem conhecer algumas verdades entre elas que existe.
[...] Tais verdades desafiam os argumentos dos acadêmicos, que dizem: Quê? E se te enganas? Pois, se me engano, existo. Quem não existe não pode enganar-se; por isso, existo. Logo, se existo, se me engano, como me engano, crendo que existo, quando é certo que existo, se me engano? Embora me engane, sou eu que me engano e, portanto, no que conheço que existo não me engano. Segue-se também que, no que conheço que me conheço, não me engano. Como conheço que existo, assim conheço que conheço. E quando amo essas duas coisas, acrescento-lhes o próprio amor, algo que não é de menor valia. Porque não me engano quanto ao fato de amar, não me engano no que amo, pois, embora o objeto fosse falso, seria verdadeiro que eu amava coisas falsas. Que razão haveria para repreender-me e proibir-me amar coisas falsas, se fosse falso que amo tais coisas? Sendo certas e verdadeiras, quem duvida que, quando são amadas, tal amor é verdadeiro e certo? Tanto é verdade, que não há ninguém que não queira existir como não há ninguém que não queira ser feliz. E como pode ser feliz, se não existe? (AGOSTINHO, 2001, p. 47).
        
            Essa primeira verdade, isto é, que existo, permiti a revelação da própria essência do ser humano, ou seja, o homem seria, sobretudo um ser pensante e seu pensamento não se confundiria com a materialidade do corpo, nota-se neste pensamento a influência platônica em sua filosofia.
            Essa concepção do homem provinha de Platão, para o qual o homem é definido como uma alma que se serve de um corpo (o corpo é o cárcere da alma).  Agostinho mantém esse conceito com todas as conseqüências lógicas que ele comporta, no livro VII, cap. 10-12, das confissões. 
            Desse modo, o verdadeiro conhecimento não seria a apreensão de objetos exteriores ao sujeito, devido a sua variabilidade, e sim, a descoberta de regras imutáveis, como o princípio ético segundo o qual é necessário fazer o bem e evitar o mal. Este conhecimento se refere a realidades não sensíveis cujo caráter fundamental seria a necessidade, pois são o que são e não podiam ser diferentes.
       Da necessidade do conhecimento decorreria a sua imutabilidade e, desta, a sua eternidade. Porém, essa conclusão revela três tipos de conhecimento, isto é, três operações: um limitado aos sentidos e referente a objetos exteriores ou suas imagens, “Compreendes, pois, igualmente que cada sentido tem certos objetos próprios sobre os quais nos informam, e alguns dentre eles percebem objetos de modo comum?”. (AGOSTINHO, 1995. p. 83). Este, no entanto, está sujeito as sensações, dependendo delas para conhecer as realidades ao seu redor.
O segundo refere-se ao sentido comum, interior ou razão inferior, que percebe os sentidos externos como os seus objetos, que por sua vez percebe o mundo exterior e suas manifestações, isto é, tal qual se apresenta. 
           Por último, o sentido que constitui a verdade, ou seja, aquilo que devemos aceitar como verdade, é a razão ou razão superior, que conhece os sentidos exteriores, as cinco operações dos sentidos, como também seus objetos e o sentido interior. Este conhecimento vai além dos dois primeiros, podendo conhecer-se e chegar à ciência.
Chegando a essa etapa percebemos que o conhecimento para Agostinho só é possível pela razão e uma razão iluminada pela fé, sem esta não é possível conhecer. Essa verificação permite a indagação se o próprio homem é a fonte dos conhecimentos perfeitos.  Sendo o homem tão mutável quanto às coisas dadas à percepção, ele se inclina reverente diante da verdade que o domina.  Assim, só haveria uma resposta possível: a aceitação de que alguma coisa transcende a alma individual e dá fundamento à verdade, Deus, pois Ele é a Verdade, todas as outras manifestações de verdade participam d’ele.
        No entanto, para explicar como é possível receber de Deus o conhecimento das verdades eternas, Agostinho elabora a doutrina da iluminação divina (auxilio divino, luz).  Entender algo inteligivelmente equivaleria a extrair da alma sua própria inteligibilidade e nada se poderia conhecer intelectualmente que já não se possuísse antes, de modo infuso.
            A finalidade de Agostinho é de explicar o fato de possuirmos no interior da mente a mesma verdade eterna pela qual a inteligência tem o poder de tomar consciência pessoal dessa verdade, que não é construída a partir das experiências humanas, já que esse conhecimento provém da alma, isto é, ela utiliza-se do corpo para chegar a conhecer, já que é incorpórea.
            Este conhecer aqui apresentado não é um mero ato dos sentidos ou da razão, e sim um conhecimento absoluto capaz de afastar todas as dúvidas. Como exemplo podemos citar a justiça, pois mesmo que tomemos consciência do seu significado habitual, só podemos ter o acesso ao seu significado pleno pelo auxílio da iluminação divina.
            Agostinho tenta responder a Evódio como isso se dá: “Deus há de me conceder, como o espero que consiga te responder. Ou melhor, de conceder que tu mesmo te respondas, instruindo-te interiormente, por aquela Verdade – Mestra soberana e universal ”(1995. p. 76). Para o pensador, só por meio deste trajeto introspectivo é possível desvelar as verdades que se nos apresentam.             
           Percebemos que a semelhança nesse ponto entre Platão e Agostinho, só é desfeita ao compreender Agostinho que a percepção do inteligível na alma, isto é, das verdades, não se dá como uma descoberta de um conteúdo passado, mas como irradiação divina no presente, não como na teoria platônica da reminiscência que esse processo se dá com a recordação das experiências passadas, isto é, em outras vidas. Agostinho envereda por outro caminho por crer na preexistência da alma. A luz eterna da razão que procede de Deus atua a todo o momento, possibilitando o conhecimento das verdades eternas11.
            Contudo, a iluminação divina, não dispensa o homem de ter um intelecto próprio.  Ela teria a função de tornar o intelecto capaz de pensar corretamente em virtude de uma ordem natural estabelecida pelo Criador de quem procede todo bem e toda força para fazê-lo.
            No conhecimento das verdades eternas, a própria luz não é vista, mas serve apenas para iluminar as idéias.  Um outro tipo de conhecimento seria aquele no qual o homem contempla a luz divina, olhando o próprio “sol”: a experiência mística. Não é apenas contemplar, mas pela fé conhecer e conhecendo crer. 
            Nesse caso, a experiência mística revelaria ao homem a existência do Divino e o levaria à descoberta dos conhecimentos necessários, eternos e imutáveis existentes na alma. O Criador, assim encontrado, é ao mesmo tempo uma realidade imanente e transcendente ao pensamento. Mas, por outro lado, a natureza divina escaparia ao alcance do homem, sendo inefável e mais fácil dizer o que Ele não é do que tentar defini-lo (via negativa de Deus - pensamento dos capadócios).
        Agostinho concebe a unidade divina não como vazia e inerte (como defendia Parmênides de Eléia, Séc. V a. C), mas como plena viva e guardando dentro de si a
multiplicidade.  Deus compreende três aspectos: Pai, Filho e Espírito Santo.  O Pai é a essência divina em sua insondável profundidade; o Filho é o verbo, logos, a razão ou a verdade, através da qual Deus se manifesta; o Espírito Santo é o amor, mediante o qual Deus dá nascimento a todos os seres12.             
A partir dessa concepção de Deus, Agostinho constrói a doutrina metafísica do bem e do mal13, revelando mais uma vez sua dependência filosófica em relação ao neoplatonismo de Plotino, que em sua opinião o mal tinha sua origem na liberdade humana, (3ª Enéades II e III, e na 4ª, II, 26)14. 
            Tudo aquilo que é, é necessariamente bom, pois a idéia de bem está implícita na idéia de ser.  Deus, portanto, não é origem nem a causa do mal, da mesma forma que a matéria também não poderia produzi-lo, pois ela é criatura de Deus. 
            A natureza do mal deve ser encontrada, portanto, no conceito absolutamente contrário ao conceito de Deus como ser, ou seja, no não-ser. O mal fica, assim, destituído de toda a substancialidade.  Ele seria apenas privação do bem. Não existem, como queriam os maniqueus, dois princípios poderosos a reger o mundo, mas tão somente um: Deus, infinitamente bom, de quem procede tudo que existe.
            Deus é a bondade absoluta e o homem é o réprobo miserável condenado à danação eterna e só recuperável mediante a graça divina; Eis o cerne da antropologia agostiniana. Tudo no universo depende de Deus e de sua graça, portanto, tudo é fruto da graça.
            Voltada para a matéria, a alma se acaba pelo contato com o sensível, dando a ele sua substância, esvaindo-se no não-ser e considerando-se a si mesma como um corpo, ficando assim passível as interferências sensitivas.
            No estado de decadência em que se encontra a alma não pode se salvar por suas próprias forças.  A queda do homem é de inteira responsabilidade do livre arbítrio humano, mas este não é suficiente para fazê-lo retornar às origens divinas. Tal poder é privilégio de Deus. Do homem depende apenas o querer, ou seja, dele parte somente a decisão de querer sair do estado em que se encontra, porém a força para superar tal situação vem de Deus como graça.  
Assim, chega-se à doutrina agostiniana da predestinação e da graça, intensamente combatida pelo monge Pelágio15 e os seus seguidores, na qual nem todos os homens recebem a graça das mãos de Deus.  Apenas alguns eleitos que estão, portanto, predestinados à salvação. Nega-se o pecado original e conseqüentemente a necessidade da Redenção por meio de Jesus Cristo. Como também o auxílio da graça, assunto que vamos nos aprofundar mais tarde no terceiro capítulo do nosso trabalho. 
Durante a Idade Média, e mesmo depois, não serão poucas as marcas dessa filosofia agostiniana na Igreja Católica. Inclusive, no surgimento de novas ordens religiosas, o embate entre, por exemplo, corpo e alma, seguem de maneira constante. Para isso, basta que se tenha acesso à hagiografia e à devida contextualização. 
A idéia de culpa, sem dúvida, também está implícita, um exemplo disto é a obra Confissões (399/400), que retrata os caminhos percorridos por Agostinho, durante sua vida antes da conversão, começando com seus primeiros atos na infância até o encontro com os escritos paulinos, com o bispo Ambrósio, fato que influencia na sua conversão. No final da obra ele faz uma especulação acerca da criação e todo o seu processo.
 Ninguém se confessa caso não se sinta culpado com relação a algo, pois é de arrependimento que se trata esta obra, sabendo que, sobra ao homem pecador confessar senão as suas fraquezas. Agostinho quer, como cristão, abrir a outros o caminho que trilhou para a conversão. No fundo, Confissões é um incentivo àqueles que se sentem perdidos e confusos.  
O filho de Mônica vem trazer o apoio da graça divina ao espírito perturbado. Quis dividir sua experiência com todos os que tivessem acesso à sua obra, do contrário não a teria escrito. Por outro lado, quis também revelar a infinita misericórdia daquele que o salvou, assim entendia a graça divina, “salvadora”. É o “amém”, o obrigado, de Agostinho dirigido ao Criador, que lhe reconhecera nas profundezas de seu espírito e a ele desvelara os segredos mais recônditos e insondáveis de sua consciência, para que assim pudesse manifestar com suas palavras a verdade de seus sentimentos.
Se outro título tivesse essa obra, poderia ser testemunho, pois que não é outra coisa senão isso, um testemunho dirigido aos homens de sua época e aqueles que o sucedeu. E também aí, cumpre-se o lado de apóstolo do Evangelho, em recorte Paulino e, portanto, com marcas gregas e claramente platônicas. Em Paulo, Agostinho encontra o valor da humildade cristã como caminho para encontrar a verdade até então obscura, isto é, o “O Verbo” feito carne que habitou em nosso meio16.
Sobre o Imutável que a tudo move, lança nisso uma lembrança daquele teor aristotélico do “Ato Puro”, do “motor imóvel”, que movimenta todas as coisas sem ser movido por ninguém, “Aristóteles”. Agostinho teve conhecimento da obra de Aristóteles, “As Categorias”, em 374, ou seja, na mesma época que leu o Hortensius, quando fazia o curso especial de eloqüência, em Cartago, através de uma leitura pessoal17.   
Nas Confissões, Agostinho não somente expõe seus variados conhecimentos filosóficos e teológicos, claro que submetendo os primeiros ao serviço da fé, como também vai revelando, aos poucos, os caminhos que percorreu para chegar a ser o que foi.
Neste viés, foi bastante singular e autêntico, porque é da sua experiência que fala, não relata a história de alguém, é dele mesmo que fala. Agostinho permanece uma figura central tanto no cristianismo como na história do pensamento ocidental. Sendo influenciado pelo neoplatonismo, particularmente por Plotino.
Agostinho foi importante para o batismo do pensamento grego e sua entrada na tradição cristã, e posteriormente na tradição intelectual européia. Também importantes foram seus adiantados escritos influenciadores sobre a vontade humana, um tópico central na ética, que veio a se tornar um foco para filósofos posteriores, como Schopenhauer (1788-1860) e Nietzsche (1844-1900).
É largamente devido à influência de Agostinho que o cristianismo ocidental concorda com a doutrina do pecado original, e a Igreja Católica Romana sustenta que batismo e ordenações feitos fora dela podem ser válidos (a Igreja Católica Romana reconhece ordenações feitas na Igreja Ortodoxa Oriental e Ocidental, mas não nas igrejas protestantes, e reconhece batismos de quase todas as igrejas cristãs)18.
            Os teólogos católicos geralmente concordam com a crença de Agostinho de que Deus existe fora do tempo e no "presente eterno". O tempo só existe dentro do universo criado, sendo ele criatura, para tanto, Agostinho dedica o livro XI das Confissões, onde especula a cerca de sua origem, manifestação e seu fim como criatura de Deus.
São Tomás de Aquino seguiu os passos de Agostinho para criar sua própria síntese do pensamento grego-cristão (Aristóteles). Dois teólogos posteriores que admitiram influência especial de Agostinho foram João Calvino (1509/1564)19, que tinha a mesma concepção de graça apresentada por Agostinho, e Cornelius Jansen. O calvinismo se desenvolveu como parte da teologia da Reforma, enquanto que o Jansenismo20 foi um movimento dentro da Igreja Católica; alguns jansenistas entraram em divisão e formaram suas próprias igrejas.
            De todas as faculdades humanas, a mais importante é a vontade, pois sendo essencialmente criadora e livre, possibilita ao homem aproximar-se ou afastar-se do Criador.  Reside aqui a essência do pecado moral.
            O pecado é segundo Agostinho, uma transgressão da lei divina, na medida em que a alma foi criada para reger o corpo, e o homem, fazendo mau uso do livre arbítrio, inverte essa relação, subordinando a alma ao corpo e caindo na concupiscência e na ignorância, afastando-se assim do Criador. Trataremos desta temática a partir do segundo capítulo, onde percorreremos o caminho traçado por Agostinho desde a origem da liberdade humana, suas quedas e seu remédio restaurador.
            Até aqui, percorremos os pontos fundamentais de seu pensamento, com o intuito de compreender a importância do conhecimento fornecido por meio dos atos humanos que são iluminados por Deus. Desse modo, percebemos a importância do desejo e da vontade em tal percurso. Pois é deles que brota a ação com o intuito de satisfazer os impulsos do coração.
            Nesta busca, o homem pode optar com liberdade por dois caminhos: um que conduz aos vícios e as paixões e outro que o conduz as virtudes. Os dois caminhos podem ser traçados por ele. No entanto, cabe a ele escolher aquele que lhe torna feliz. 



10 Isaías, 7, 9. Cf: Bíblia Sagrada. Traduzida pelos monges de Meredsons - Bélgica. 29. ed. São Paulo. Ave Maria. 2001. p. 948.  
11 Designam na filosofia escolástica, princípios que constituem as leis absolutas dos seres e da razão, emanadas da vontade divina e que o homem pode descobrir pelo pensamento. São proposições da razão, não de fato. Referem-se não a existência ou inexistência deste ou daquele ser, más a vinculação necessária das idéias. Cf: JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de filosofia. 3. ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar. 1996. p. 269.   
12 Cf: AGOSTINHO, Santo. Confissões. 16. ed. Tradução de: Maria Luiza Jardim Amarante. São Paulo. Paulus. 2003. p. 402-405. 
13 Nessa visão centrada em Deus, as respostas se deram em dois níveis: no maniqueísmo – o mal forma o principio ontológico em si mesmo ou é uma força cósmica presente na natureza (substância) coeterna com Deus (também substancia), princípio do bem, procurando-se, com isso, preservar a vontade de Deus. Temos aqui uma explicação de ordem ontológico-cosmológico-materialista, cuja preocupação central é responder à questão: “Unde malum? – De onde vem o mal? No neoplatonismo /cristianismo – o mal não forma uma substância; pelo contrário, ele é destituído de substância, é ausência ou defecção do ser. Nesse caso, o mal é não-ser, que é falta ou distanciamento do bem e não tem consistência ontológica, salvando-se, também, a bondade de toda a natureza crida por Deus. Temos aqui uma explicação de ordem ontológico-estético-filosófico-natural, cuja a preocupação é responder à pergunta:“Quid sit malum? – Que é o mal?. Cf: COSTA, Marcos Roberto Nunes. O problema do Mal na polêmica antimaniquéia de Santo Agostinho. 1. ed. Porto Alegre: Edipucrs, 2002. Coleção Filosofia. p. 18-19
14 Cf: ULLMANN, Reinaldo Aloysio. Plotino: Um estudo das Enéadas. Porto Alegre: Edipucrs, 2002.
15 Nascido na Britânia por volta de 354 e batizado em Roma por volta de 380-384, onde viveu por muito tempo, e foi uma das vozes mais escutadas de seu tempo. Cf: Dicionário Patrístico e de Antiguidades Cristãs. Tradução de: Cristina Andrade. Petrópolis, (RJ): Vozes. 2002. p. 1131. 
16 Cf: AGOSTINHO, Santo. Confissões. 16. ed. Tradução de: Maria Luiza Jardim Amarante. São Paulo. Paulus.  2003, p. 196-198.
17 Cf: AGOSTINHO, Santo. Confissões. 16. ed. Tradução de: Maria Luiza Jardim Amarante. São Paulo. Paulus.  2003, p. 106-109.
18 Cf: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Edição revisada de acordo com o texto oficial em latim. 
São Paulo: Loyola, 2004. p. 241.
19 Cf: JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de filosofia. 3. ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar. 1996. p. 36.
20 Doutrina teológica e filosófica baseada no Agustinianismo. Fundador Cornélio Jansênio (1585/1638), que negava o Livre-arbítrio e afirmava que a graça é um privilégio inato concebido apoucas pessoas. Cf: JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de filosofia. 3. ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar. 1996. p. 150.

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